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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Entrevista com Rogério Portela

O técnico do Brusque, Rogério Portela, concedeu uma entrevista ao jornal Município Dia a Dia. Trago aqui a entrevista na íntegra, aviso que ela é um pouco extensa, mas para quem estiver interessado aqui está ela:

" O desafio da superliga " 

Município Dia a Dia: Quando e como surgiu a ideia de ser treinador de voleibol?
Rogério Portela: Eu sempre gostei do esporte em geral. Tanto que sou formado em Educação Física. Logo pintou o interesse, quando jovem, em estar jogando voleibol. Ingressei e fiquei. Tanto que minha vidda hoje, com 41 anos, dos 14, 15 anos para cá foi tudo o voleibol. Nos últimos 15 anos eu vivo o vôlei intensamente. Gosto muito da parte de estudo, parte estatística, me apego muito a isso. É até engraçado, eu estava conversando com alguns técnicos no Rio de Janeiro (durante a abertura oficial da Superliga feminina, na última quinta-feira, 18), e cada um tem uma característica. Tem uns que não gostam tanto da parte de vídeo, da parte fora e eu já prefiro. Nunca tive  o objetivo de ser técnico. Sempre tive o objetivo de estar trabalhando com vôlei. Se o trabalho fosse para ser o assistente não tinha problema nenhum. E quando pintou a oportunidade de ser técnico, eu agarrei firme e graças a Deus esse ano está sendo maravilhosos, como foi o ano passado também estar com o time em oitavo lugar foi muito gratificante. e tem o respeito. Fizemos vários jogos com times bons e ganhamos de equipes grandes, fizemos vários jogos excelentes. Então, esse respeito é importante.


MDD: E como treinador, você é um estilo mais linha dura, tipo Bernardinho, ou mais conversador, feito José Roberto Guimarães?
Rogério: (risos) eu procuro ser o Rogério. Tenho meus momentos que fico puto mesmo. Normalmente ando tomando cartões, que tenho que dar uma segurada. Quando tomo cartões é quando vejo que existe erro na arbitragem. É onde existe sua reclamação em um momento que não pode ter erro e acontece contra você. Isso normalmente tira o treinador do sério, mas vai se trabalhando e melhorando. O importante é ter o respeito das jogadoras. Trabalhei com jogadoras da seleção brasileira, jogadoras de todos os níveise sempre tive o respeito. Esse é meu jeito. Fora de quadra procuro fazer de tudo para dar apoio para as jogadoras. e o respeito vem por aí, pelo seu trabalho e tudo o que você faz por elas.


MDD: Já foi jogador, como assistente técnico trabalhou na Superliga Masculina. Há praticamente quatro anos convive e trabalha com as mulheres. Quais as principais características ou desafios enfrentados ao se trabalhar com as meninas?
Rogério: O ser humano já é bem complicado. No feminino, nosso dia é muito difícil. Tem que ser psicólogo tem que ter uma ajuda psicológica muito grande. Casa dia é uma alteração de humor incrível, problemas que acontecem fora que traz para o trabalho e temos que estar contornando, tem que ter cuidado com o que fala, porque senão pode tirar a menina do jogo. Uma falta de material, seja o simples que for, pode perder a jogadora na partida.


MDD: Essa rotina de viagens, ás vezes em um só ano se mora em vários lugares, em função dos compromissos com o time. Isso prejudica a vida pessoal?
Rogério: Tenho minha família em Brasília, que é minha mãe e minha irmã. Agora estou fora há quatro anos e é uma das coisas que me faz falta. Às vezes atrapalha a vida pessoal, pelo fato de estar sempre viajando, sem residência fixa, mas é a nossa vida e faço tudo pela minha profissão. Sou muito família, mas hoje tenho moradia em Brusque, uma cidade que me recebeu muito bem. Mesmo se um dia não estiver trabalhando na área quero ficar por aqui.


MDD: Comparado com os investimentos de 2008 e 2009, o time tem um investimento inferior em 2010. Nesta temporada, quais são as pretensões do time de Brusque na Superliga?
Rogério: Os investimentos hoje não são comparados com o da Brasil telecom nem com o que foi ano passado, que já era aquém do de 2008. Mas é uma oportunidade de estarmos com meninas novas, continuando um trabalho aqui dentro de Brusque, que tem que ser feito sabendo do apoio que a torcida sempre deu pra nós. Eu sempre encontro alguns torcedores cativos aqui da cidade, que sempre  estão em todos os jogos e não interessa o nível do time e sim o esforço que estamos fazendo . É uma competição que é o melhor voleibol do mundo e tendo essa divulgação do nome de Brusque para o Brasil todo.


MDD: Das 14 jogadoras que foram vice-campeãs mundiais no Japão semana passada, 13 vão jogar a Superliga. isso valoriza a competição?
Rogério: A Superliga Brasileira é considerada a competição mais forte do mundo. Praticamente todas as atletas retornaram ao Brasil e está aí essa potência toda, essas estrelas. Com certeza estaremos participando e todas essas jogadoras estarão aqui junto com nossa torcida. Isso que faz o show do voleibol.


MDD: E quanto ao elenco de Brusque. Como está a expectativa das meninas, a motivação delas para iniciar o campeonato?
Rogério: No nosso grupo, motivação não falta Sabemos das condições, é um time super novo.Tivemos no ano passado a Edna e a Juzinha como as jogadoras mais novas. Hoje nesse grupo elas são as mais experientes da equipe. e as novas estão com força total para participar. Sabemos da dificuldade. Estamos montando, pouco tempo de treinamento, mas falta de vontade não via ter.


MDD: Praticamente todas as jogadoras são de Santa Catarina. Isso é uma forma de solidificar o vôlei no Estado, partindo da formação de atletas da base?
Rogério: É uma forma que nós achamos de montar a equipe, valorizando as catarinenses, valorizando o nosso Estado. importante para abrir novas portas para essas jogadoras que normalmente estariam escondidas. Sempre se torna difícil, são jogadoras novas, não podemos atropelar nenhum estágio delas, mas elas estão aí e vão desempenhar um bom papel.


MDD: O time ainda está sem patrocínio para a Superliga. Isso preocupa você?
Rogério: Me preocupa muito. Essa falta financeira requer a não participação do time. Mas tenho certeza que os empresários de Brusque vão nos ajudar, nos apoiar. Uma cidade que ama o voleibol não pode ficar fora da Superliga que é o maior campeonato do mundo.


MDD: Com a experiência de mais de dez anos em Superliga, porque acha que falta interesse das empresas em financiar o projeto do time para essa temporada?
Rogério: Eu não entendo muito bem dessa parte de marketing. Já teve vários contatos bons e acredito que vai acontecer e que vai entrar um parceiro bom para nós, que vai dar apoio não só para essa temporada, mas para as outras que virão. Com certeza vai aparecer e nós estamos precisando. Temos o projeto todo em planilhas e o retorno é absurdo. Na temporada passada tivemos 11 jogos de televisão. Só perdemos para Unilever, que fez mais jogos e Osasco, que foram para a final. Foram 11 jogos que estávamos colocando o nome do patrocinador e nossa cidade para todo o Brasil assistir.


MDD: Por todas essas questões, de falta de apoio, investimentos, enfim, existe o risco de Brusque não participar da Superliga por conta desses problemas?
Rogério: Esse risco não existe porque acredito que vai vir o nosso parceiro. Mas a não participação é a perda da vaga que hoje nós temos. E essa perda, para depois conseguir, é muito difícil. Vejo como a perda da oportunidade que estamos tendo por um trabalho feito da cidade em si, porque para se manter a vaga não é fácil. E se perder por um motivo de falta de condições financeiras, não é legal. Então com certeza vamos participar para manter a vaga já para o próximo ano também, proporcionando uma boa competição, bons jogos e bom divertimento para a nossa torcida. Isso que é o importante.

3 comentários:

Anônimo disse...

o Brusque pode acabar ?
foda

Anônimo disse...

Pois é galera..a situação da complicada,nao fechou patrocinio,e brusque tem grandes chanses de nao ir em frente,uma pena,
Brusque é uma vergonha em patrocinio..o que acontece com os empresarios????

Anônimo disse...

mas essa superliga é garantida, pq quando vc entra vc assina contrato então...